sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Para oposição, saída de Erenice não acaba com escândalo

Líderes da oposição consideram que a saída da ministra Erenice Guerra do comando da Casa Civil não significará o fim dos problemas relacionados à pasta que comanda todos os ministérios. E afirmam que as investigações devem continuar.

João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara, afirmou que a saída é "uma tentativa de abafar o caso". "Ou melhor, eles não tinham alternativa. Ou o Lula ia dizer que não sabia de nada e a Dilma ia dizer que não conhecia a Erenice?".

O deputado ressaltou que os problemas na Casa Civil não começaram agora e que a saída de Erenice não deverá resolvê-los. "A Dilma (Rousseff) foi sucessora do Zé Dirceu e herdou as maracutaias do "mensalão". Isso faz parte do governo".

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC), disse que a demissão "vem tarde" e "não resolve" a questão. Para ele, a ex-ministra Dilma, candidata petista à presidência da República, precisa ser investigada.

"Os atos de nomeação têm que ser investigados. Ou será que existe um hiato entre o Dirceu e a Erenice? Tem que investigar é a Dilma", cobrou.

José Dirceu deixou o comando da Casa Civil em 2005, depois das denúncias do esquema do mensalão. Ele foi sucedido no cargo por Dilma Rousseff, que lidera a disputa ao Palácio do Planalto.

Erenice oficializou sua demissão após o desgaste sofrido com as denúncias de que haveria tráfico de influência em benefício de empresas privadas dentro da Casa Civil.

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