quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ministro da Justiça assina nova campanha para o desarmamento

Uma nova campanha de desarmamento foi relizada nesta terça-feira (28), o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto um novo convênio para a campanha.

O convênio foi firmado com a Rede Desarma Brasil, da qual fazem parte organizações como o Instituto Sou da Paz e o Viva Rio.

Desde 2005, em diferentes campanhas, foram recolhidas mais de 500 mil armas de fogo no Brasil – cerca de 13,7 mil no ano passado. De acordo com o Estatuto do Desarmamento, em vigor há sete anos, o cidadão pode ter uma arma em casa desde que seja devidamente registrada na Polícia Federal.

Estimativas do Ministério da Justiça indicam que ainda há sob os cuidados da população civil cerca de 1 a 2 milhões de armas. “Cada vez mais as pessoas estão cientes de que a posse destas armas não se traduz em segurança. Ao contrário, causa acidentes e crimes passionais. Por isso, o ideal é que as pessoas as devolvam”, argumentou Barreto.

Ele acredita que a iniciativa brasileira de destruir as armas, a marretadas, assim que elas são entregues ajudou o governo e os organizadores das campanhas a conquistarem a confiança da população. “Por saberem que suas armas serão inutilizadas no momento da entrega, as pessoas passaram a ter mais confiança de que a arma entregue não cairá nas mãos de bandidos”, disse o ministro.

A articulação da campanha ficará por conta do Ministério da Justiça e pela Rede Desarma Brasil. “Mas teremos o envolvimento de diversos setores da sociedade civil, como igrejas, maçonarias, sistemas de saúde, além das próprias polícias”, acrescentou o coordenador do Programa Contra Armas da organização não governamental Viva Rio, Antônio Rangel Bandeira. O Viva Rio é uma das entidades que integram a Rede Desarma Brasil.

As pessoas que quiserem entregar as armas que têm em casa já podem procurar a Polícia Federal e retirar uma guia. Ela deve ser preenchida e entregue junto com a arma à PF ou a instituições parceiras da campanha. O ministro confirmou que as indenizações, cujos valores variam em função da arma, continuarão a ser pagas.

A entrega voluntária isenta qualquer crime pelo porte ilegal da arma. “As pessoas podem procurar a PF sem nenhum problema”, garantiu o ministro.

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