sábado, 25 de setembro de 2010

Candidatos à Presidência condenam indefinição do STF sobre Ficha Limpa

Os candidatos à Presidência Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) criticaram a decisão dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) de manterem indefinida a validade das sanções da Lei da Ficha Limpa. Após 11 horas de debates e a votação sobre a validade da lei já nas eleições deste ano, a sessão do STF foi suspensa por prazo indefinido na madrugada de sexta-feira (24), com o empate de cinco votos a favor dessa tese e cinco contra.

Em coletiva após um debate entre presidenciáveis, Marina disse que a atitude dos ministros "não favorece a democracia e o aperfeiçoamento do sistema político que já está tão desgastado". “Eu lamento que esse esforço da sociedade civil agora esteja sofrendo esse revés porque acompanhei toda a mobilização feita pela sociedade no sentido de dar um passo na direção da reforma política”.

A candidata acrescentou que a indefinição causa um prejuízo para a democracia e o aperfeiçoamento das instituições, no caso o Executivo e o Congresso, uma vez que permitirá a eleição de candidatos condenados pela Justiça em primeira instância.

Plínio de Arruda Sampaio, por sua vez, afirmou que a intenção do STF foi protelar a decisão. “É isso que tenho protestado. Não é possível, temos que fazer um protesto. A população tem que partir para determinar a sua vontade”.

Já o candidato do PSDB, José Serra, evitou tratar do assunto. Ao ser perguntado sobre a decisão dos ministros, Serra justificou que não estava ainda inteirado da decisão e, por isso, não comentaria. “Eu não estou nem sabendo o que aconteceu, a minha mulher [Verônica, que acompanhou o debate] estava me dizendo que a contagem era outra”.

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