quinta-feira, 19 de maio de 2011

PSDB questiona Fazenda sobre movimentação financeira de Palocci

O PSDB protocolou no Ministério da Fazenda, ofício em que questiona se o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou movimentação financeira atípica do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e de sua empresa. O documento também solicita celeridade na apreciação dos requerimentos de informações sobre o caso.

O partido também já apresentou requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. O documento assinado por Vanderlei Macris (SP), vice-líder da bancada do partido na Câmara, convida o ministro a prestar, em audiência pública, esclarecimentos sobre o rápido crescimento do patrimônio do agora braço-direito de Dilma Rousseff entre 2006 e 2011. Também serão entregues à Mesa da Câmara requerimentos de informações à Receita Federal e à Controladoria Geral da União.

No Senado, os tucanos se uniram ao DEM e ao PPS para entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República, pedindo que o Ministério Público investigue a evolução patrimonial do ministro que entre 2006 e 2010 foi multiplicada por 20 vezes.

”Cabe ao ministro Palocci se explicar. A justificativa pode até ser lógica, mas tem de ter comprovação. Acho que Palocci deveria abrir espontaneamente o seu sigilo fiscal. Há uma cobrança da opinião pública e só esclarecimentos cabais podem encerrar esse episódio. Para cumprirmos o nosso papel de oposição responsável, demos um prazo para que o ministro se explicasse. Como vários pontos não foram esclarecidos, estamos solicitando uma investigação judiciária”, disse o líder Alvaro Dias.

Para o senador Aécio Neves, não cabe ao PSDB fazer pré-julgamento. “O que todos nós estamos aguardando é que o ministro Palocci preste os devidos esclarecimentos à sociedade e não apenas aos partidos de oposição. É hora de termos serenidade para não pré-julgar, e firmeza para aguardarmos os esclarecimentos do ministro. Não é intenção do PSDB criar um movimento de desestabilização do governo. Nesse momento a posição majoritária da nossa bancada na Câmara e no Senado é criar as condições necessárias para que esses esclarecimentos possam ser dados com a profundidade necessária”, afirmou.

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