sábado, 6 de novembro de 2010

Salário mínimo deve ficar entre R$ 560 e R$ 570 em 2011

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou ontem que o aumento do salário mínimo, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2011, será fruto de negociações do governo com partidos e centrais sindicais, mas deve variar entre R$ 560 e R$ 570. “Menos que esse patamar não deve ser”. A proposta atual é de R$ 538,15, que poderia ser arredondado para R$ 540.

O ministro disse que defende o reajuste proposto pelo governo federal, mas destacou que sua posição pessoal é por aumento acima de R$ 560. Na avaliação de Lupi, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), vai respeitar parâmetros técnicos para o novo reajuste. Segundo ele, a petista “sempre vai trabalhar com o equilíbrio das contas públicas”.

Ontem, começou a batalha no Congresso para elevar o salário mínimo a um valor maior do que o proposto pelo governo. As centrais sindicais estiveram com o relator do projeto de lei do Orçamento de 2011, Gim Argello (PTB-DF), para pressionar por um aumento acima da inflação.

A Força Sindical propôs um piso de R$ 580. Argello empurrou a discussão para a semana que vem, quando os sindicalistas deverão encontrar-se com representantes do governo e da equipe de transição. Ele já arredondou o valor para R$ 540, mas disse que está se esforçando para chegar a R$ 550.

O problema é o mesmo de sempre: cobertor curto. Argello disse que já recebeu pedidos de gastos, além do previsto no Orçamento, de R$ 30 bilhões. Mas a estimativa de arrecadação para 2011 também foi corrigida para cima, em R$ 17,7 bilhões. "É questão de decidir como vai gastar os R$ 17 bilhões", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

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