sábado, 11 de junho de 2011

Paralisia na administração federal e crise no governo

Há uma paralisia completa da máquina pública sob o comando de Dilma Rousseff, lamentam deputados Nelson Marchezan Junior (RS) e Rui Palmeira (AL). Os parlamentares ressaltam também que o Congresso não recebeu nenhuma proposta do Executivo, a não ser uma enxurrada de medidas provisórias.

Para Marchezan, o grande acontecimento no atual governo foi a queda do ex-ministro Antonio Palocci da Casa Civil. Segundo ele, a presidente ainda não mostrou a que veio, nem teve um grande ato de gestão. “Dilma não sabe administrar a máquina pública e muito menos conviver num Estado democrático e de diálogo com o Parlamento. As eventuais ações que ela quis tomar não foram encaminhadas por meio de projeto ou discutidas com o Congresso, mas sim pelo contrabando de medidas provisórias. Já passou muito tempo de governo e ela não conseguiu ainda sair da sombra de Lula”, completou.

Rui Palmeira também lamenta que a maioria das matérias votadas este ano foram medidas provisórias da gestão passada. “Há uma total paralisia. O governo fica enxertando os famosos contrabandos, o que é muito pouco democrático. Isso fragiliza a relação com o Congresso e o enfraquece, pois fica a mercê das MPs”. De acordo com os parlamentares, já passou da hora de a presidente agir.

Os parlamentares apontam ainda, falta de habilidade do governo do PT na articulação política. Rui Palmeira lembrou que, apesar de ter ampla maioria, o governo já sofreu duas derrotas em plenário, na votação do Código Florestal e nas medidas provisórias que perderam a validade. “Isso é inexplicável e mostra falta de habilidade”, avaliou.

“Dilma hoje se encontra no comando, sem efetivamente ter o comando do seu próprio partido e do Poder Executivo e sem a capacidade de fazer a interlocução”, disse Marchezan.

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