quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Wagner: “Não tenho interesse em aprofundar uma crise institucional em Salvador”



Durante a cerimônia de posse dos novos secretários estaduais, o governador Jaques Wagner foi questionado pelos jornalistas sobre a relação com o prefeito João Henrique. Ao ser perguntando se haveria espaço no PT para a entrada do prefeito, Jaques Wagner repassou a responsabilidade de decisão ao partido. “Essa pergunta não cabe ao governador, cabe aos diretórios municipal e estadual do PT”.

Jaques Wagner admitiu que a opinião dele, como governador, tem peso, mas não é decisiva. “O peso da opinião do governador é claro que é grande, mas o governador não manda e não quer mandar no seu partido. Não acho que a vontade dele seja vir para o PT. Se for, o diretório municipal terá a maturidade para enfrentar essa questão”.

Apoio à prefeitura

Sobre o apoio à gestão municipal, que João Henrique tem buscado principalmente através de recados via imprensa, Jaques Wagner argumentou que essa contribuição sempre aconteceu. “O apoio ao prefeito, à cidade, à prefeitura e ao povo de Salvador nunca foi e nunca será negado”, disse. Wagner lembrou que, quando foi ministro do governo Lula, na primeira vitória de João Henrique, trabalhou para trazer projetos importantes para a cidade. Como governador, Jaques Wagner disse que também fez atuações de destaque para Salvador. "Vamos continuar trabalhando para ajudar Salvador. O que eu puder, eu vou fazer”.

Impeachment do prefeito

O governador aproveitou para esclarecer uma conversa que teve com o vereador Henrique Carballal, também do PT, durante a Lavagem do Bonfim, questionando se é realmente cogitada a possibilidade de impeachment de João Henrique.

“Eu perguntei a Carballal, que é um membro do meu partido e vereador, se era fato que se estava trabalhando essa questão. O que ouvi de resposta é que este era um cenário, mas que ele considerava remoto”, disse Wagner. O governador acrescentou que se preocupa com a possibilidade porque é um defensor da estabilidade institucional da democracia. “Eu não tenho o menor interesse em aprofundar ou contribuir para nenhuma crise institucional na capital do estado que eu governo, ao contrário”.

Censura na Centel

Ainda durante a coletiva, Jaques Wagner demonstrou discordar da decisão da Secretaria de Segurança Pública de limitar o repasse de informações e estatísticas de ocorrências em Salvador e Região Metropolitana à imprensa. “À exceção daquelas coisas que estão sob investigação e segredo de Justiça, eu não vejo por que esconder informação, até porque eu acredito no papel da imprensa e no controle social. Agora, é óbvio que informação é algo muito nobre na democracia, muito sagrado, e portanto ela deve ser colocada corretamente”.

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