terça-feira, 1 de março de 2011

Cortes afetam diretamente a população

O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), afirma que a “tesourada” bilionária em investimentos e programas sociais prejudicará diretamente milhões de brasileiros. Os cortes de R$ 50 bilhões foram anunciados pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior.

Apesar de assegurar, durante a campanha eleitoral, que despesas com os projetos sociais e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seriam integralmente mantidos, o Planalto avisou que cortará R$ 18 bilhões em investimentos. Desse total, o programa “Minha Casa, Minha Vida” terá redução de mais de R$ 5 bilhões.

“Os cortes foram feitos de maneira desordenada, pois alcançam investimentos e áreas sociais que vão comprometer a economia e reduzir a qualidade de vida das pessoas. O governo deveria ter sido mais severo na contenção do custeio da máquina”, apontou.

O deputado Antonio Imbassahy (BA) também condenou a redução “substancial” nos investimentos. “Se houvesse uma atenção com relação aos gastos de custeio, poderíamos ter um controle maior da inflação que não trouxesse esse grave prejuízo aos investimentos”, avaliou.

Os aportes do governo para o “Minha Casa, Minha Vida” passarão de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões. “É um corte significativo, que tem duas razões: ou o governo reconhece que não tem capacidade gerencial para realizar os investimentos ou está fazendo um corte em um programa social importante. Isso demonstra uma certa insegurança ou, ao mesmo tempo, uma forma atrapalhada do próprio governo na hora de fazer esses cortes e anunciá-los”, destacou o líder.

Senado

Aloysio Nunes ( SP ), atribui a necessidade de cortes ao vale tudo eleitoral que o governo do PT promoveu para eleger Dilma Rousseff. “No último ano do Lula, o governo gastou o que podia e o que não podia para eleger a então candidata e a conta chegou. É uma conta de R$ 50 bilhões que vai ser paga pelo povo brasileiro”, acusou.

O senador também acredita que os critérios adotados, anunciados hoje, poderiam ser outros.“ Cortam errado porque, ao mesmo tempo em que cortam verba do ministério das Cidades, saneamento, moradia, deixaram uma estrutura inchada por um governo com 38 ministérios”.

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