quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Remédios para glaucoma e esquizofrenia continuam em falta na rede pública



Mesmo após a secretaria do estado se comprometer em resolver o problema, remédios continuam em falta na rede estadual de saúde, dentre eles a Olazapina de 5 miligramas, a Quetiapina, remédios para tratar da esquizofrenia, e colírios para tratamento do glaucoma. Com a falta de medicamentos, 6 mil pacientes de glaucoma e 2 mil que sofrem esquizofrenia continuam sem tratamento.

“Tem quase um mês que falta medicação e sem os remédios meu irmão já começa a ter alucinações”, relatou um cidadão em entrevista. Em depoimento, um paciente afirmou que “a falta de remédios pode me levar a ficar novamente internado”. A falta de medicamento atenta não somente os pacientes, mas a cidade como um todo. “Os loucos vão passar a se agredir e a agredir a sociedade”, afirmou o cidadão.

Porém, segundo Lucas Andrade, coordenador da assistência farmacêutica do estado, a culpa não é da secretaria e sim dos fornecedores. Ele afirmou que o pedido foi feito no dia 10 de fevereiro e que os remédios deveriam ter chegado antes do dia 20.

“O estado fez sua parte, mas os fornecedores estão devendo. Falta um remédio para esquizofrenia, mas que já estamos autorizando sua liberação para que chegue às unidades. Até esta sexta-feira (25) deve estar normalizado”, explicou.

Caso o paciente se sinta lesado, ele poderá recorrer à justiça. Henrique Guimarães, advogado especialista em direito do consumidor, diz que uma liminar é um processo urgente, mas que os processos envolvendo casos de saúde são mais rápidos de serem solucionados.

“Se tratando de saúde, os juízes são mais sensíveis e este tipo de processo tramita mais rápido. Caso o paciente não tenha recursos financeiros para contratar um advogado particular, ele poderá recorrer a defensoria pública”, finalizou.

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