terça-feira, 4 de outubro de 2011

Bahia vai ganhar fábrica de aerogeradores da General Eletric



Se depender do protocolo de intenções assinado ontem entre o governo do Estado e a multinacional General Eletric Company (GE), no início de 2013 entrará em operação uma nova fábrica de naceles (suporte) para aerogeradores no Estado. Avaliado em R$ 45 milhões, o empreendimento deve gerar 80 empregos diretos e cerca de 240 indiretos relacionados a manutenção, informática, alimentação, segurança e transporte, dentre outras áreas.

O presidente da GE Energy para a América Latina, Marcelo Soares, defendeu o adensamento da cadeia produtiva no Estado. “Esse adensamento da cadeia produtiva é bom para todos. Isso barateia o fornecimento de equipamentos e garante mais empregos na Bahia”, disse. Segundo ele, a fábrica deverá ser instalada em Camaçari ou em Simões Filho e depende de análises quanto à infraestrutura, logística, mão de obra e oferta de energia. Os equipamentos serão fornecidos para os parques éolicos que estão sendo implantados na Bahia e em outros estados.

Entre os motivos que levaram à escolha do Estado, Soares listou a qualidade dos ventos, “entre os melhores do mundo pela frequência e intensidade numa grande região (que vai da Chapada Diamantina à região sudoeste)”, e o apoio do governo.

De bom humor, o governador Jaques Wagner não perdeu a deixa. “Meu trabalho é sempre trazer mais negócios para a Bahia. Para isso, acredito em um diálogo mais franco. É melhor ser mais discreto no convite e ser mais farto no banquete”, disse. O governador lembrou ainda que o primeiro parque eólico do Estado será inaugurado em novembro, na cidade de Brotas de Macaúbas.

O secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, informou que o governo pretende fazer um cluster de energia eólica na Bahia. “Também estamos formando uma rede de pesquisa em energia eólica com a participação da Cimatec, Associação Brasileira de Energia Eólica, USP, governo da Bahia, Fieb e Ufba”.

Executivo da Sicmi para energia eólica, Rafael Valverde disse que entre as principais linhas de pesquisa estão a nacionalização de equipamentos, redes e modelos climáticos e a formação de recursos humanos.

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