terça-feira, 26 de abril de 2011

Líder do PSDB diz; "Combate à inflação deveria ser prioridade deste governo"

“O País não pode descuidar do combate à inflação, para que não se coloque em risco o extraordinário patrimônio da estabilidade conquistado pela sociedade brasileira”. A afirmação foi feita na sessão desta segunda-feira pelo líder do PSDB, Alvaro Dias. O senador tucano expôs no plenário sua preocupação com a piora nos índices de inflação, e afirmou que os próprios boletins oficiais do governo (como o Focus, do Banco Central) corroboram a previsão de estouro nas metas firmadas pela equipe econômica.

Para o líder do PSDB, o governo precisa fazer sua parte e priorizar, entre suas ações, o combate à inflação, que penaliza principalmente o cidadão menos favorecido. “Todos estão sentindo que há o recrudescimento inflacionário, e o governo tem o dever de não descuidar do combate à inflação, para não colocar em risco o patrimônio da estabilidade que é uma conquista coletiva da sociedade brasileira, a partir das iniciativas dos governos Itamar e Fernando Henrique. A inflação ameaça o patrimônio da estabilidade econômica, da responsabilidade fiscal, da sustentabilidade financeira e da competitividade de nossa economia”, afirmou Alvaro Dias.

O líder do PSDB apresentou aos senadores os resultados do último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, e que revela as últimas previsões do mercado para a inflação. De acordo com o BC, as previsões sobre o IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, já foram elevadas por sete vezes, passando de 6,29%, na semana passada, para 6,34% nesta segunda-feira. Alvaro Dias salientou que a própria presidente Dilma Rousseff externou nesta segunda-feira sua preocupação com a inflação. O Líder do PSDB levantou suas dúvidas sobre o engajamento do governo para cortar gastos e assumir o combate acirrado à inflação.

“É bom que a presidente assuma realmente essa postura, priorizando o combate à inflação. A preocupação manifestada pela presidente é justificada, pois o aumento da inflação nos últimos meses inspira cuidados. Os mecanismos informais de indexação de preços, notadamente no campo dos serviços, foram ressuscitados. O que é questionável é se o efetivo engajamento do governo em cortar gastos e assumir o combate acirrado da inflação é real. Os exemplos que temos demonstram uma postura claudicante do Palácio do Planalto, como comprovam os gastos com pessoal e custeio, que cresceram R$ 10 bilhões em comparação ao mesmo período do ano passado. Deve ser realmente efetiva a ação do governo para impedir o retorno da inflação, que já é sentida especialmente por aqueles que recebem até cinco salários mínimos, mas que também é sentida por toda a população, ao ir em um supermercado, uma farmácia, um posto de gasolina. Todos estão sentindo que há recrudescimento inflacionário e nós não podemos, de forma alguma, descuidar do combate à inflação”, concluiu.

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