sexta-feira, 1 de abril de 2011

Governo do PT não deu prioridade aos trabalhadores nas obras do PAC

As paralisações nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como o caso das usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, em Rondônia, mostram que o governo pensou de maneira secundária nos trabalhadores nestes empreendimentos. A afirmação é do deputado Luiz Fernando Machado (SP) para quem a situação dos operários nestas obras é “degradante”.

Iniciadas em empreendimento do programa que é considerado um dos mais importantes do governo do PT, o movimento já chegou a canteiros de obras privadas e, segundo análise do sociólogo Adalberto Cardoso em entrevista ao jornal O Globo, todos são “ambientes explosivos”. Cardoso, que é do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), considera que o problema é conseqüente da falta de um canal institucional que chamasse a atenção para a reclamação dos trabalhadores.

No caso das obras do PAC, o deputado diz que a situação só poderá ser totalmente resolvida quando o governo do PT oferecer as condições de trabalho dignas para todos os trabalhadores que estão nestes canteiros. Segundo ele, a partir do momento em que colocou as obras do PAC e as usinas como prioridade, o governo não deu não pensou nos trabalhadores e suas condições de trabalho. “Isso levou ao início dos empreendimentos sem uma estrutura digna para os operários, deixando-os em condições desumanas nesses canteiros de obras”, destacou.

Integrante da Comissão de Trabalho da Câmara, Machado diz que a situação só será resolvida “quando o Planalto não fizer só discurso, mas tomar ações práticas e priorizar esses trabalhadores que entregam suas vidas e sacrificam suas famílias para poder servir ao Brasil na construção de grandes hidrelétricas”.

Em declaração publicada nesta quinta-feira, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) compara as paralisações e revolta dos operários à onda de rebeliões que estão acontecendo em países árabes. “Parece até o mundo árabe. Os trabalhadores não agüentaram mais e partiram para um dia de fúria”.

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