terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ao atacar José Serra, presidente foi quem promoveu uma farsa

Acostumado a desrespeitar as instituições e a infringir a lei eleitoral, o presidente brasileiro ultrapassou os limites da moralidade e da decência ao defender a violência praticada por militantes petistas contra o candidato à Presidência, José Serra (SP) ocorrida no Rio de Janeiro na última quarta-feira. A avaliação é do líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA).

“O presidente da República orquestrou uma verdadeira farsa. Ele é um irresponsável, porque ele vem, por meio de suas atitudes, desmoralizando as instituições do País, desdenhando da Justiça Eleitoral e cometendo crimes contra a democracia. Não obstante a essas transgressões, ele, por fim, incita a militância do PT a partir para a agressão física”, critica.

Limitado a um vídeo de uma emissora de televisão, o presidente classificou como uma farsa a reação do candidato ao ser atingido na cabeça por um objeto durante caminhada em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na quarta-feira. As imagens mencionadas mostram uma bolinha de papel arremessada à cabeça do ex-governador de São Paulo.

Porém, imagens obtidas por um jornalista da Folha de S. Paulo restabelecem a verdade. Como mostra o vídeo, passados 15 minutos do primeiro fato, Serra voltou a ser atingido por outro objeto, com proporções maiores. Dessa vez, tratava-se de um objeto circular e transparente, parecido com uma fita adesiva. Após o segundo incidente, Serra chegou a ser levado para um hospital e teve de cancelar eventos de campanha do dia em função da pancada.

João Almeida afirma que o presidente da República promove uma enorme confusão não faz distinção entre o militante e o cargo de presidente. “É de uma irresponsabilidade sem tamanho que ele abrace uma versão montada e passe, através da defesa de fatos distorcidos, a incitar a militância petista. O Lula deve uma desculpa ao candidato e à sociedade”, condena.

O deputado acrescenta que o próprio presidente incita a violência contra adversários políticos. “O presidente violou diversas vezes a lei, desdenhou da Justiça e falou que adversários deveriam ser ‘extirpados’. Com isso, ele incentiva a militância a partir para a violência, que, aliás, não é novidade”, lamenta.

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