quarta-feira, 4 de abril de 2012

Municípios sofrem com a pior seca dos últimos 30 anos

A pior seca dos últimos 30 anos, atinge mais de 100 municípios da capital baiana. Com a situação de emergência, uma comitiva da União dos Municípios da Bahia (UPB) viajou nesta terça-feira (3) para Brasília para participar de reuniões no Ministério do Desenvolvimento Agrário e com a bancada de deputados e senadores baianos na Câmara Federal. O presidente da UPB, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, e uma comitiva com cerca de 100 prefeitos, participarão dos encontros.

Entre os pontos que integram a pauta para as reuniões estão a ampliação do atendimento de carros-pipa para atendimento nas comunidades rurais, a disponibilização de recursos financeiros para o suprimento de água, ampliação de açudes, barragens e aguadas, a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água, entre muitos outros.

Segundo a Coordenação Estadual de Defesa Civil da Bahia (Cordec), até a segunda-feira, 02 de abril, 186 cidades baianas haviam sido reconhecidas como em estado de emergência. A União considera que 155 municípios estão nesta situação.

Na Bacia do Jacuípe são 7 municípios em situação de estiagem. Na Bacia do Paramirim, dois municípios e na Bacia do Rio Corrente, um (Canápolis). Na Chapada Diamantina são quatro municípios.


Na região de Irecê, 12 cidades. Em Itaparica um, Litoral Norte, um, Médio Rio de Contas, um, oeste baiano um, Piemonte do Paraguaçu, quatro, Piemonte Norte do Itapicuru, quatro, Portal do Sertão, quatro, Semiárido Nordeste II (quatro), Sertão do São Francisco (cinco), Sertão Produtivo (nove), Sisal (seis), Vale do Jiquiriçá (três), Velho Chico (oito) e Vitória da Conquista (seis).

Nos municípios de Andaraí, Juazeiro e Castro Alves (nas regiões da Chapada Diamantina, norte do estado e Recôncavo Baiano, respectivamente), a população passa sede, o gado morre pelos pastos e a agricultura familiar amarga perda de até 100%. Já na região de Irecê, o feijão – carro chefe do município – foi todo queimado pelo sol escaldante, acabando com a agricultura.

No semiárido, região mais afetada, o período seco tende a se estender até maio. A Bahia tem 276 cidades inseridas na região do semiárido, onde vivem 47% da sua população.


A economia dessa região é baseada no sisal, leite e venda de pequenos e grandes animais. Com a seca prolongada, a economia da região para e a população sofre. Pelo menos um milhão de pessoas que vivem na zona rural baiana estão sendo penalizadas com a seca que assola o estado.

Diante do quadro desolador, é reconhecido que mais de 1.053.271 habitantes estão sendo atingidos e prejudicados com a seca. Milhares de famílias sofrem com as perdas na lavoura, com a falta de água, gerando assim, fome e miséria.

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