Os agentes da Polícia Rodoviária Federal no Estado da Bahia (PRF/BA) iniciam nesta segunda-feira (20) uma greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado da Bahia (SINPRF/BA), estão previstos para ao longo da paralisação passeatas e protestos ordeiros às margens das rodovias.
Nesta segunda, os policiais irão realizar um ato, a partir das 8h, em frente à Sede da Superintendência da PRF na Bahia, localizada na Avenida Frederico Pontes, no bairro Água de Meninos. Os Policiais Rodoviários Federais estarão de preto em sinal de luto pelas mortes dos Policiais Rodoviários Federais de Senhor do Bonfim-BA que vieram à falecer durante o trabalho.
Ainda segundo o SINPRF/BA, nesta segunda, mais outros sete Estados entrarão em greve. A decisão de paralisação é deliberada pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF). A previsão é de que até a próxima quinta-feira (23) o movimento nacional grevista atinja os demais Estados do Brasil. Totalizando assim, mais de 9000 policiais em greve.
Também na quinta, o Ministério do Planejamento (MPOG) marcou uma reunião para apresentação de proposta das reivindicações. No entanto, a categoria afirma que permanecerá em greve até que todas as reivindicações sejam atendidas.
Atividades suspensas
Durante o movimento grevista apenas ocorrências inadiáveis e emergenciais serão realizadas, são elas: Atendimento a acidentes com vítimas e desobstrução de vias.
Caso a greve se prolongue, ficarão prejudicadas as atividades de fiscalização de trânsito, combate a criminalidade, atendimentos a acidentes sem vítimas, confecção de ocorrências de acidente de trânsito, serviços de escolta e batedor e o envio dos dados estatísticos diários.
Reivindicações
Os policiais reivindicam aumento de efetivo, reestruturação da carreira e salarial, reconhecimento do cargo como nível superior e o pagamento de adicional noturno.
Luto
Na Bahia, os agentes da PRF decretaram luto, por três dias, pela morte trágica de um dos policias que foi atropelado enquanto cobria sozinho uma carreata política com mais de 500 carros.
Tal fato vem a se somar a outras diversas mortes em serviço de colegas e servem de prova incontestável do descaso do Governo Federal com a categoria PRF, elevando a justeza e a coerência do movimento grevista, que visa dentre outras a valorização da carreira, assegurando-se aos servidores condições mínimas de material humano, de equipamento, de remuneração e de segurança para o desempenho das suas nobres atribuições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário