A suspensão das aulas nas universidades federais completa três meses nesta sexta-feira (17) e não há previsão de término, já que o governo federal afirma que a negociação está encerrada e pede para que as instituições formulem o calendário de reposição das aulas.
No início do mês de agosto, quando foram apresentadas as duas propostas do governo federal, foi fechado um acordo de reajuste salarial com uma das entidades docentes, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). Apesar de ser filiado a Proifes, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais da Bahia (Apub) permanece em greve e no dia 7 de agosto, a Apub realizou uma assembleia na qual os professores votaram pela continuidade do movimento.
Outras duas entidades nacionais que representam os docentes, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Tecnológica (Sinasefe), que iniciaram o movimento de greve, não aceitaram a proposta feita pelo governo. Na quinta-feira (16), os sindicatos protocolaram no Palácio do Planalto uma carta dirigida à presidenta Dilma Rousseff pedindo a reabertura imediata das negociações com os docentes em greve.
Greve Nacional
A greve foi iniciada em 17 de maio. Do total de 59 universidades, 57 aderiram à paralisação, além dos 37 institutos, centros de educação tecnológica. Apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) não aderiram ao movimento.
Reivindicações
A categoria solicita o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034.
Proposta
O governo apresentou duas propostas aos grevistas. A primeira, apresentada no dia 13 de julho, daria reajuste de até 45% aos professores em três anos e traria impacto de R$ 3,9 bi aos cofres públicos, foi rejeitada.
Já a segunda proposta manteve o reajuste máximo de 45% em três anos, mas aumenta o piso do reajuste para 25%. O custo total será de R$ 4,2 bilhões até 2015.a
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