A pior seca dos últimos 30 anos tem levado o governo da Bahia a tomar medidas emergências. Até essa sexta (20), 206 municípios decretaram situação de emergência e, por isso, o governo suspendeu a utilização dos recursos hídricos que não sejam com fins de abastecimento humano ou animal.
Com isso, agricultura, projetos de irrigação e até de hidrelétricas passarão a ter o fornecimento suspenso até que as chuvas caiam novamente.
O coordenador-executivo da Defesa Civil da Bahia, Salvador Brito, explicou que a medida foi tomada porque os mananciais estão secando e não há perspectiva de chuva nos próximos meses para abastecê-los. "Essas ações estão sendo tomadas para assegurar, pelo maior prazo possível, o abastecimento de água para o consumo humano e animal. Essa medida existe para evitarmos um colapso", disse.
Além de suspender o uso da água para "fins econômicos", o Estado anunciou que vai suspender o uso também para geração de energia.
"O governo vai suspender a geração de energia na barragem da Pedra do Cavalo, que é a maior bacia hidrográfica do Estado. Lá existe uma central hidrelétrica operada pela Votorantim. Isso vai ser combinado com o operador para que haja a desativação do sistema temporariamente. Acredito que não afetará o abastecimento de energia, pois a região pode ser abastecida por Sobradinho e Paulo Afonso, que são os maiores produtores de energia. Claro que serão necessários algumas operações de redistribuição, mas nosso pensamento, hoje, é no abastecimento humano", afirmou Brito.
Outra medida anunciada foi a confirmação da distribuição de alimentos. Nesta sexta-feira (20), 14 municípios em emergência receberam cestas básicas, cedidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A entrega dos alimentos será feita na próxima semana. Ao todo, segundo a Defesa Civil Estadual, 138 mil cestas serão distribuídas.
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