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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (sábado) que "não deixará a política" e que "continuará andando pela América Latina". As declarações foram feitas durante a 20ª Cúpula Ibero-Americana, seu último compromisso internacional antes de deixar o cargo.
"Eu sou um político latino-americano, não vou deixar a política. Vou ter mais tempo par viajar, quero discutir política. Então, esperem, continuarei andando pela América Latina", disse em Mar del Plata, no litoral argentino, onde ocorre o encontro.
Depois de ser homenageado pela presidente argentina Cristina Kirchner, anfitriã do evento, Lula fez referência ao avanço das mulheres na política regional e citou o passado guerrilheiro e a tortura sofrida por sua sucessora, Dilma Rousseff, durante o regime militar.
"Acabamos de eleger uma mulher que foi militante de esquerda, acusada de ser guerrilheira, que ficou presa três anos e meio e que foi torturada. O que me dá orgulho é saber que agora o torturador dela, se estiver vivo, está sofrendo mais do que ela, sem que ela tenha feito nada para isso. É apenas o remorso de alguém que torturou uma jovem que queria democracia."
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