A venda de medicamentos genéricos no Brasil atinge 25,4% do mercado farmacêutico nacional, segundo dados divulgados no último dia 7 de maio pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Maior participação já registrada pelo setor desde 2001, quando esses medicamentos entraram no mercado, é considerada uma ótima evolução pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Pró Genéricos. No entanto, ainda há muito espaço para este tipo de medicamento no Brasil já que, nos EUA, onde as indústrias farmacêuticas são muito poderosas, a participação chega perto de 45%.
Os dados divulgados pela Pró Genéricos ainda revelam que a população brasileira economizou R$ 26,7 bilhões desde a liberação da comercialização dos medicamentos genéricos. Um levantamento realizado no ano passado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) mostra que, para 83% dos consumidores, os genéricos são tão eficazes quanto os medicamentos de referência. Os outros 17% dizem não acreditar que os genéricos façam algum milagre. Para a aposentada Maria Luíza Almagro, genéricos são a alternativa de economia. “Muitas vezes você fica na dúvida, mas, por ser mais em conta e por os médicos recomendarem, a gente sempre dá preferência”, explica a aposentada, que diz economizar R$ 20 em medicamentos para colesterol.
Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, os medicamentos genéricos passam por diversos testes de qualidade antes de seguirem para comercialização. Por isso, têm exatamente a mesma qualidade que o medicamento de referência e produzem no organismo os mesmos efeitos que os remédios de marcas.
Por lei, os genéricos devem ser, pelo menos, 35% mais em conta do que os medicamentos chamados de referência. Entretanto, de acordo com a Pro Teste, se fizer uma boa pesquisa, o consumidor pode economizar até 80% na hora da compra.
Mas a economia pode ser até maior do que 80%, como é o caso do remédio Lipitor, pesquisado pela reportagem de A Tarde On Line. Na drogaria Sant'ana, localizada em um shopping de Salvador, o remédio de referência custa R$ 202,14, e o genérico (Artovastatina), R$ 69,88 (quase três vezes menos). Em uma loja das Drogarias A Fórmula, no mesmo shopping, o genérico Zoviraz é vendido por R$ 48,96. O de referência custa bem mais: R$ 191,72.
Na previsão da Pró Genéricos, a tendência de crescimento deve se consolidar nos próximos meses com uma maior participação dos genéricos de nova geração, que são remédios com patente vencida recentemente. De acordo com a associação, esses medicamentos são mais eficazes e possuem menor valor ainda, além de serem mais modernos. Com a avaliação da associação, a expectativa é alcançar a marca de 30% de participação de mercado ainda em 2012.
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