Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos na Bahia resolveram paralisar as atividades por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (25). A deliberação foi tomada durante assembleia, realizada na noite de segunda-feira (24), na Praça da Inglaterra, em Salvador. Apenas 30% do efetivo continuará trabalhando.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba), a declaração de greve, quase uma semana depois dos outros estados, tem o objetivo de garantir que a paralisação não seja considerada ilegal ou abusiva pela Justiça. "Tudo que temos hoje foi conquistado com muito suor e luta, por isso, não podemos admitir que nossos direitos sejam revogados", declarou a presidente do Sincotelba, Simone Soares Lopes.
Nesta manhã, a categoria realiza uma manifestação em frente ao prédio central dos Correios, no bairro da Pituba. De acordo com o sindicato, a expectativa é que a greve seja deflagrada também no interior do estado. Uma segunda audiência de conciliação entre a ECT e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares, sob mediação da ministra Kátia Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho, foi marcada para esta terça (25), às 14h, em Brasília. A paralisação atinge 21 estados e o Distrito Federal.
Reivindicações
Os trabalhadores baianos, assim como os trabalhadores do resto do país, rejeitaram as propostas de 3% e posteriormente 5,2% de reajuste salarial oferecida pela empresa para 2012. A categoria reivindica o reajuste de 43,7% (sendo 33,7% referente a perdas + 10% reajuste inflacionário), além do fim do SAP (Sistema de Avaliação de Produtividade) e mais contratações.
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