O Ministério da Saúde vai incorporar medicamentos para tratar dos sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), à lista do Sistema Único de Saúde (SUS), nesta quarta-feira (26). A partir de então, as farmácias da rede pública de saúde terão até 180 dias para começar a ofertar os produtos à população.
De acordo com o Ministério da Saúde, a DPOC, está relacionada ao tabagismo, à exposição passiva ao fumo, à poeira e à poluição. A doença causa falta de ar, fadiga muscular e insuficiência respiratória. Serão incorporados os corticóides inalatórios budesonida e beclometasona e os broncodilatadores fenoterol, sabutamol, formoterol e salmeterol. Dois dos medicamentos agora indicados para o tratamento da DPOC, o beclometasona e o sabutamol, já são ofertados com até 90% de desconto pelo Programa Farmácia Popular, para tratamento da asma leve e moderada. Eles podem ser encontrados nas 557 unidades próprias espalhadas pelo país e ainda nas cerca de 20 mil farmácias privadas, conveniadas ao programa.
Ainda estão incluídas na lista de incorporações, outras linhas de cuidados para a DPOC, como a vacina contra a influenza, a oxigenoterapia domiciliar e os exames diagnósticos para deficiência de alfa-1, que é caracterizada por níveis muito baixos ou pela inexistência, no sangue, de uma proteína produzida pelo fígado. No Brasil, o ministério estima que cerca de 5 milhões de pessoas tenham DPOC. Em 2010, foram 116.680 mil internações por DPOC no país, que custaram R$ 83,6 milhões aos cofres públicos. Em 2011, o número de internações subiu para 116.707, custando R$ 87,1 milhões. Até julho deste ano, já são 57.881 registros de internações, que custaram ao governo R$ 45,1 milhões. Os dados também mostram que o número de mortes aumentou. Em cinco anos, o número cresceu 12%, passando de 33.616 mortes em 2005 para 37.592 em 2010.
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