Dois aspirantes à prefeitura de Salvador, o vice-prefeito Edvaldo Brito, do
PTB, e o deputado federal João Leão, do PP, retiraram oficialmente suas
candidaturas, nesta terã, 26, modificando o cenário da sucessão na capital
baiana. Edvaldo Brito agora sairá candidato à vereador e marcha ao lado do
petista Nelson Pelegrino – levando ao isolamento da candidatura do PCdoB, única
mantida entre os partidos da base do governador Jaques Wagner (PT).
Até o final da semana passada, o PTB negociava um "blocão" ao lado do PDT,
PSL, com o PCdoB da candidata comunista Alice Portugal. Abriu mão para apoiar
Pelegrino em nome "do projeto" maior para a cidade. Já o PP de João Leão coloca
como "alternativa A" o apoio ao candidato petista. Os movimentos, até agora,
fortalecem o petista.
O PTB – que realizou convenção no Hotel Sol Barra – contribuirá com um minuto
e 13 segundos de rádio e televisão para a campanha de Pelegrino. Embora tenha
retirado a candidatura e aberto mão da briga pela vaga de vice na chapa, Edvaldo
Brito enfatizou, em seu discurso, que, pelo apoio “não se trocam cargos aqui e
não se pedem favores pessoais”.
Nos bastidores corre a informação de que Brito poderia ocupar uma vaga na
administração estadual. Brito justificou o apoio a Pelegrino, um “filho por
afeto” e seu ex-aluno da Faculdade de Direito da UFBA, que descreveu como
“atuante” e “sério como aluno”: “Nunca vi Pelegrino diferente do que é
hoje”.
Até esta quinta, afirmou Pelegrino, todos os partidos que comporão a aliança
de sua candidatura devem estar postos para, então, se definir o nome que ocupará
a vaga de vice na sua chapa. No páreo, sem o PTB, estão o próprio PCdoB – caso
Alice retire a candidatura –, o PDT do deputado federal Marcos Medrado e o PSB,
da senadora Lídice da Mata, que, provavelmente, anuncia nesta quarta o apoio a
Pelegrino.
Sem surpresa - A retirada da candidatura do progressista
João leão, anunciada nesta terça, não chegou a surpreender, apesar da
expectativa posta pelo próprio deputado sobre a possibilidade de ser referendada
num encontro realizado pela manhã com a cúpula do partido. Sozinho, o PP
seguiria sem o apoio do governador, mesmo sendo um partido da base aliada, e, na
prática, sem mesmo o apoio do prefeito. Além do risco de registrar votação
pouco expressiva, por ser um candidato pouco conhecido em Salvador, e que
entraria na disputa assumindo a defesa da gestão do prefeito João Henrique, alvo
certo da maioria dos candidatos.
Mas Leão atribuiu a uma iniciativa sua – aceita pelo partido -– a retirada da
sua candidatura do páreo, “para atender a solicitações de apoio de prefeitos do
interior”.
Para Leão, seguir com o PT é a opção número um, mesmo que PCdoB e PRB sejam
outra possibilidade. Para Pelegrino, que vai discutir o assunto em encontro com
Leão nesta quarta, as conversas entre PP e PT nunca se encerraram, ainda que
tivessem esfriadas quando o PTN saiu do jogo petista.(ATARDE)
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